domingo, 17 de junho de 2007

Capítulo 4 - Outros doze

Eram doze pessoas e todas estavam indo em direção às outras três que haviam acabado de dobrar a esquina. Samantha, Davis e Jacques se assustaram ao constatar que a cidade não era assim tão deserta, mas, por outro lado, quanto mais gente, para lhes ajudar a entender o que estava acontecendo, melhor.

Por impulso, os três começaram a recuar vagarosamente e só pararam quando uma moça que aparentava uns dezoito anos se pôs a frente do grupo, fazendo-o parar, e disse:

- Com licença, vocês são daqui?

Houve um breve silêncio que foi quebrado pela fala de Jacques.

- Na verdade chegamos há umas poucas horas... imagino que vocês também apareceram do nada aqui, não foi?

Murmúrios de consentimento entre as doze pessoas foram ouvidos. Poucos deles se conheciam e, por isso, ainda resguardavam pensamentos sem saber como expô-los aos demais. No entanto, mesmo tímidos, todos tentavam se manter unidos, já que ninguém conhecia nada daquele lugar.

Assim que Samantha encarou todos a sua frente, reconheceu um deles e talvez, por causa disso, se sentiu um pouco mais aliviada.

- Ei, você! – exclamou, apontando para um homem loiro que parecia examinar cada detalhe das casas ao redor – Você não é saxofonista? Saxofonista do At Night, certo?

Johann lançou um olhar de indignação para a moça e sorriu.

- Sim, minha cara, sou eu.

- Eu adoro suas músicas, são muito... relaxantes!

- Bem, obrigado.

Nicholas Gilmore imaginou nunca ter ouvido uma apresentação do At Night, mas como tinha um leve conhecimento sobre instrumentos musicais, resolveu entrar na conversa.

- Qual o tipo de saxofone que o senhor usa? Soprano, barítono...?

- Atualmente, o alto – respondeu o saxofonista – alto armado em mi bemol.

- Bom, eu não entendo muito do assunto, mas quando era mais novo me interessava muito por instrumentos musicais, os de sopro principalmente – disse Nicholas.

- Hum, interessante!

- Há quanto tempo estão aqui, nessa praça?

Dessa vez quem perguntou foi Davis, que não havia dito nada até então.

- Há alguns minutos somente. A maioria de nós apareceu perto daqui e, por isso, não demorou muito para acharmos o lugar. – respondeu uma mulher que, aparentemente, só estava dizendo algo que todos do grupo já haviam constatado por meio de uma discussão feita anteriormente, visto que todos assentiram com a cabeça. - Todos foram seguindo as vozes dos outros e acabamos reunidos aqui.

- Se me permite perguntar, o que tanto observavam na praça? - questionou Jacques.

- Você é francês? - perguntou a moça de dezoito anos, ignorando sua pergunta.

- É, sou sim, senhorita. Francês e físico.

- Físico? - A moça que fez a indagação tinha por volta de uns vinte e poucos anos e seus olhos verdes davam-lhe um confortante ar de confiança - Venha então, acho que você vai gostar de ver isso.

E todos os quinze se dirigiram rumo ao que parecia ser uma estátua no centro da praça.

Ao chegarem lá, o monumento outrora encoberto pelas árvores podia ser vislumbrado sem que nada impedisse. Cada detalhe dele fazia qualquer um perder o fôlego.

Davis, estranhamente, não ficou muito surpreso com o que viu, mas Jacques chegou mais perto para admirar a estátua e Samantha esfregava os olhos na tentativa de que a visão de uma peça comum substituísse aquela assustadora que estava à sua frente.

- Ela é tão... - começou Jacques, mas não conseguiu continuar.

A estátua era simplesmente indescritível.

(Continua...)

Obs.: Fique atento, a partir desse capítulo, as postagens passarão a ser semanais! O próximo capítulo será publicado no próximo domingo, dia 24/06.

2 comentários:

Unknown disse...

mal posso esperar o próximo capítulo...

Luiz Fernando Teodosio disse...

Toda vez que terminar de ler a história vou postar um comentário. Uma vez eu tentei ler a história, mas não consegui. Agora estou voltando, fazendo uma maratona xeques-mate. Estou lendo 5 capítulos toda vez que entro no blog. Só posso fazer isso a noite, e não é todos os dias. Por isso, até o fim do mês eu deva terminar de ler.