Uma dessas pessoas foi William Henry Gates III, mais conhecido como Bill Gates, que saiu da universidade em 1977 para se dedicar ao projeto que viria a ser mais tarde a Microsoft, maior e mais renomada empresa de software existente.
E assim foi também com Melina. Aos dezenove anos, a moça, nascida
O que ocorreu, porém, é que, após um ano e meio, ela percebeu que não era aquilo o que queria. Tinha outras vontades e sonhos para seguir. Melina, entretanto, talvez por medo ou insegurança, aguardou ansiosa durante mais dois anos e meio para concluir o curso.
Felizmente seu diploma foi-lhe útil para conseguir um emprego em uma companhia aérea. Mas como a moça logo conseguiu outro trabalho, ela não durou muito no ramo turístico. Esse outro trabalho era em uma empresa multinacional irlandesa, com filial por todos os cantos do mundo.
O cargo oferecido à Melina era como secretária executiva; sem dúvida por causa de sua aptidão natural como organizadora e administradora.
Como não havia nenhuma filial na Argentina, Melina teve que se mudar para outra cidade. A mesma de onde vinham Jacques, Nicholas, Davis, Samantha, Anthony, Joanne, Jaqueline, Gary, Johann, Susan, Edwin e Lin antes de serem inexplicavelmente teletransportados para outra cidade ainda mais sombria.
E era nesse curioso lugar que aquelas treze pessoas, de tão imóveis, pareciam dormir.
* * *
Quer dizer que um de nós é o assassino.
Essa frase, dita por Gary, não saia da cabeça de quem tentava adormecer dentro daquele restaurante. Apesar de ser apenas uma hipótese, sem prova alguma, se o assassino estivesse infiltrado entre eles isso provavelmente significaria a morte de todos, um por um; e sem possibilidade de fuga.
A cada fato incomum que ocorria, aquelas pessoas ficavam cada vez mais desesperadas. Era o que estava acontecendo com Nicholas.
Apesar de ele tentar disfarçar, a única coisa em que conseguia pensar era em como era infeliz. Além de perder a esposa, estava distante dos filhos e sem a possibilidade de consolá-los por um acontecimento do qual eles nem tinham conhecimento.
O que ele imaginava era que a sua vida desmoronada não poderia piorar ainda mais.
Diferentemente de Nicholas, Melina não tinha filhos, mas, mesmo assim, a qualquer hora poderia estar beirando a insanidade. Desde o começo ela não queria confiar em nenhum deles, mas agora estava ainda mais assustada; todas as doze pessoas com quem ela compartilhava aquele restaurante finlandês agora eram suspeitas de pelo menos três assassinatos à sangue frio.
E, se ninguém fizesse algo, onze daquelas pessoas iriam ver o brilho da foice ostentada pela morte. Contudo, ela não iria ficar lá parada, precisava fugir, se esconder. E não haveria hora mais propicia do que aquela, quando todos, provavelmente o assassino também, aparentavam estar dormindo.
Enquanto se levantava silenciosamente da mesa em que estava deitada, ela refletia sobre os riscos que estaria correndo; o maior risco mesmo, pensava ela como consolo, seria ficar aqui e conviver com o assassino.
Enquanto caminhava em direção à porta, Melina não imaginava o erro que cometeu ao imaginar que todos estavam dormindo. De fato, a maioria estava sonolenta e, por isso, não a ouviu sair, mas havia uma pessoa que estava bem desperta; ainda, para infortúnio da moça de Buenos Aires, esse alguém estava planejando segui-la no instante em que ela saísse pela porta do restaurante.
E foi o que aconteceu.
Assim que Melina cruzou a porta, fechando-a atrás de si, uma pessoa se levantou sem fazer nenhum ruído e se preparou para ir atrás daquela que seria sua vítima.
* * *
Melina caminhava pelas ruas escuras daquela cidade com o único objetivo de se distanciar do restaurante. Aflita, corria pelas alamedas cinzentas iluminadas apenas pelo luar, mas não sabia o porquê. Talvez por seu instinto ter-lhe alertado que alguns metros atrás estava uma pessoa com uma pistola
A jovem argentina era muito bonita. Mesmo sem a luz do sol para realçar seus traços, ela tinha uma inegável graciosidade. Todavia, nunca passou pela cabeça da pessoa homicida tirar proveito nisso; não, isso seria absurdo!, pensava.
Seu único objetivo era matá-la. E isso sabia fazer perfeitamente bem.
Sua missão tinha que ser cumprida e ela iria ser. Agora.
Dois tiros foram então disparados, cortando o mudo silêncio da noite.
Melina cambaleou um pouco, estava atordoada. No entanto, assim que se recuperou do susto, voltou a correr, agora ainda mais rápido. As duas balas haviam passado bem próximas à sua cabeça, mas, por sorte, não a haviam atingido.
Sem parar sua corrida desenfreada, ela olhou para trás e viu que havia alguém a perseguindo. Imediatamente, reconheceu quem era.
No começo, ficou um pouco chocada de saber, mas logo sua cabeça parecia não funcionar mais; a única ordem dada ao seu corpo era uma só: corra!
E foi o que Melina fez, durante muito tempo.
Até que ela, exausta, sem encontrar a saída da cidade, resolveu se esconder.
Ao virar uma esquina, a moça se dirigiu rapidamente para uma casa e tentou abrir a porta para entrar. Todavia, foi sem sucesso: a porta estava trancada.
Aquele alguém que portava uma pistola estava cada mais próximo e não havia lugar onde Melina pudesse se esconder.
Foi quando ela ouviu outro tiro.
Segunda parte: Domingo, 30 de setembro
2 comentários:
Prometo começa a ler. Parece interessante!Visite meu blog!
Sim, provavelmente por isso e
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